extensão do meu ego

 tamanha é minha sede

que nem a mim cabe saciar

busco meios de fugir do espelho

mas minha sombra insiste em me acompanhar


os ciclos se fecham, as águas escorrem

envelhecendo, vivendo e aprendendo

algo ecoa bem no fundo

sou eu, onde quer que eu esteja


seria uma maldição ou uma bênção?

retoricamente, discuto com meu reflexo

preso no mesmo lapso de vida

o tempo é sempre presente


emanando, o passado me assombra

arrastando meus medos pelo caminho

minhas esperanças me sustentam

e o que ainda não aconteceu, me anseia


o que eu estou tentando provar

é mesmo pra mim?

a grama não parece tão verde assim

e ninguém irá responder



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