insights um pouco azuis
a gente não é nada parecido. talvez seja só o mau hábito de me acomodar com quem é igual a mim, mas sinto que agora é indecifrável. que preciso me controlar e esconder coisas pra não transbordar e afastá-lo. deve ser a carência tomando as rédeas da minha vida.
tenho que botar um ponto final nisso logo, antes que as coisas se deteriorem ainda mais. tenho medo de estar me tornando quem eu sempre abominei: alguém insensível e inconsequente, que apenas desfruta dos prazeres da vida e não zela por ninguém; alguém que não sente necessidade de expressar honestamente seus sentimentos e que alimenta seus sonhos e aventuras enquanto fomenta a lealdade, o amor e a certeza. não quero odiar minha própria pele novamente. mas não quero parar de saciar meus desejos idealizados e viver coisas nunca antes experimentadas.
...
tenho que botar um ponto final nisso logo, antes que as coisas se deteriorem ainda mais. tenho medo de estar me tornando quem eu sempre abominei: alguém insensível e inconsequente, que apenas desfruta dos prazeres da vida e não zela por ninguém; alguém que não sente necessidade de expressar honestamente seus sentimentos e que alimenta seus sonhos e aventuras enquanto fomenta a lealdade, o amor e a certeza. não quero odiar minha própria pele novamente. mas não quero parar de saciar meus desejos idealizados e viver coisas nunca antes experimentadas.
o que me mata é essa divisão mental, que me corrói mais e mais a cada sol que se põe. "o que eu faço? direita ou esquerda? cima ou baixo?" não suporto sentir que tenho controle sobre o destino dos outros.
o mundo não gira em torno de mim, eu não tenho o direito de escolher. não tenho. nem um pouco.
de qualquer maneira, eu já fiz tudo de errado que tinha pra fazer. não posso enterrar isso, até porque boa parte de mim quer mais. mas vai machucar tanto, tanto quem não merece. e não merece nem um pouco, mesmo.
talvez isso seja pro melhor. se alguém convivesse comigo por mais tempo, poderia sofrer um choque ainda maior no futuro. eu não quero isso. não quero. eu não faço bem, sinto que sou uma bomba. em questão de meses posso fazer tudo desabar. tudo que antes era doce e uniforme de repente se transforma num caos amargo. eu odeio ser assim, porém ao mesmo tempo me sinto indiferente, o que tem me mantido acordada à noite.
uma hora vai, mas por enquanto, esse não é o fim.
o mundo não gira em torno de mim, eu não tenho o direito de escolher. não tenho. nem um pouco.
de qualquer maneira, eu já fiz tudo de errado que tinha pra fazer. não posso enterrar isso, até porque boa parte de mim quer mais. mas vai machucar tanto, tanto quem não merece. e não merece nem um pouco, mesmo.
talvez isso seja pro melhor. se alguém convivesse comigo por mais tempo, poderia sofrer um choque ainda maior no futuro. eu não quero isso. não quero. eu não faço bem, sinto que sou uma bomba. em questão de meses posso fazer tudo desabar. tudo que antes era doce e uniforme de repente se transforma num caos amargo. eu odeio ser assim, porém ao mesmo tempo me sinto indiferente, o que tem me mantido acordada à noite.
uma hora vai, mas por enquanto, esse não é o fim.
Comentários
Postar um comentário